Terminei o tratamento do câncer de ovário. E agora?

Chegar ao final do tratamento de um câncer é uma vitória! Para algumas mulheres com câncer de ovário, o tratamento pode remover ou destruir o câncer, sendo a cirurgia o principal método, que dependerá do quanto a doença possa ter se espalhado e do estado de saúde geral da paciente. Para as mulheres em idade fértil, com doença em estágio inicial, pode ser possível tratar a doença sem a remoção de ambos os ovários e do útero.

O estresse durante o tratamento

É muito importante que você evite se estressar durante e após o fim do tratamento, pois ele é uma das principais fontes de oxidação do organismo, deixando as células “enferrujadas”. Assim, o sistema de proteção natural do corpo “baixa a guarda” e fica vulnerável ao adoecimento.

A simples mudança de hábito, incluindo uma nova relação com o estresse e com as escolhas alimentares, já pode ser suficiente para prevenir muitos dos cânceres e ajudar a mulher a superar um tratamento e o próprio câncer.

Como lidar com o estresse?

Passar pelo processo de um tratamento oncológico pode ser bastante estressante, então encontrar novas maneiras de lidar com os sintomas de estresse pode melhorar sua qualidade de vida. Essas dicas podem ajudar:

  • Obtenha o apoio que precisa. Passe tempo com pessoas que se preocupam com você, permita que elas te ajudem e cuidem de você;
  • Cuide bem de si. Descanse bastante e coma alimentos nutritivos;
  • Fale sobre seus sentimentos. Encontre um grupo de apoio, em que você possa compartilhar sua experiência;
  • Experimente novas maneiras de relaxar. Técnicas de redução de estresse podem ajudar.

Há um grande alívio pós-tratamento, mas é difícil não se preocupar com o retorno do câncer. Por isso, é sempre importante fazer os exames de rotina e ficar atenta a qualquer sinal que o corpo dê. Como o câncer de ovário é silencioso, o melhor é redobrar o cuidado.

O que fazer para diminuir o risco de retorno do câncer de ovário?

Atualmente existem duas opções para diminuir o risco de câncer de ovário, sobre as quais você poderá falar com seu médico:

  • Pílula anticoncepcional: tem sido demonstrado que os contraceptivos orais diminuem o risco de câncer de ovário entre 30% e 60%;
  • Poderá ser considerada a cirurgia preventiva para remover os ovários e as trompas de Falópio, se os testes genéticos indicarem um aumento do risco do câncer de ovário. Os estudos e pesquisas têm demonstrado que o tipo mais comum e mais grave de câncer de ovário começa realmente nas trompas de Falópio. Toda a mulher que está considerando a cirurgia ginecológica poderá discutir sobre a remoção das trompas nessa ocasião.
  • Manter um peso corporal saudável poderá também reduzir o risco.

Antes de tomar essas importantes decisões, é importante analisar a série de riscos e benefícios. Seu médico também poderá discutir todas essas questões com você.

Caso você volte a ter qualquer sintoma de câncer de ovário, é importante fazer os seguintes exames:

  • Exame pélvico completo;
  • Ultrassom pélvico ou transvaginal;
  • Exame de sangue CA-125.

É importante, também, procurar aconselhamento genético e sempre tirar todas as suas dúvidas com o seu médico.

Referências

Você também pode gostar

Câncer de Ovário

Saiba quais são os fatores de risco e as formas de prevenção do câncer de ovário

Você sabia que o câncer de ovário é considerado o câncer ginecológico mais letal? Segundo especialistas, 3/4 dos cânceres desse...
Câncer de Ovário

Entenda tudo sobre a cirurgia de câncer de ovário

O câncer de ovário é uma doença que atinge mais de 6 mil mulheres por ano, causado por mutações genéticas,...
Câncer de Ovário

Câncer de ovário: por que o diagnóstico é, na maioria das vezes, tardio?

Entenda as razões pelas quais 75% dos diagnósticos do câncer de ovário acontece tardiamente. E como estar atenta aos sinais do seu corpo.
Câncer de Ovário

Congelamento do tecido ovariano: preservação da fertilidade em pacientes com câncer

O congelamento do tecido ovariano é um método experimental que auxilia na preservação da fertilidade, principalmente de pacientes com câncer. Entenda como a técnica funciona e quem está apta a realizá-la.