Reposição hormonal aumenta o risco de câncer de ovário?

A reposição hormonal é muito usada por mulheres que estão na menopausa para aliviar os efeitos dessa fase no organismo. No entanto, estudos sugerem que a reposição de hormônios pode aumentar as chances de câncer de mama e ovário. Por isso, é importante entender como ela é feita e quais os riscos envolvidos.

Na menopausa, os ovários param de produzir o hormônio estrogênio, causando desconforto, mal-estar e alguns sinais e sintomas, como calores e alterações de humor. A reposição hormonal consiste em repor tanto o estrogênio quanto outros hormônios sexuais. Existem três tipos de reposição:

  • Reposição apenas de estrogênio;
  • Reposição cíclica – o estrogênio é ministrado continuamente, mas a paciente recebe também doses de progesterona, três vezes ao mês;
  • Reposição combinada e contínua – estrogênio e progesterona são ministrados ao mesmo tempo, continuamente.

Alguns estudos mostraram que o uso de estrogênios para tratar os sintomas da menopausa pode aumentar o risco da mulher desenvolver câncer de ovário. O risco parece ser maior em mulheres que tomam apenas o estrogênio (sem progesterona) durante cinco a 10 anos pelo menos. O risco para mulheres que tomam estrogênio e progesterona (reposição cíclica e reposição combinada e contínua) ainda não foi determinado.

Reposição hormonal aumenta risco de vários tipos de câncer

Estudos demonstraram que a reposição hormonal pode aumentar as chances de mulheres desenvolverem vários tipos de câncer.

Câncer de mama – a reposição combinada e contínua pode aumentar em até duas vezes as chances de desenvolver a doença. No caso de mulheres que fazem o tratamento há mais de 10 anos, os riscos são ainda maiores.

Câncer do colo do útero – mulheres que fazer a reposição apenas do estrogênio têm mais chances de desenvolver a doença. Entretanto, estudos mostram que a reposição combinada parece ter efeito contrário e diminuir os riscos.

Câncer de ovário – todos os tipos de reposição hormonal aumentam os riscos de desenvolver a doença. Estudos mostraram que mesmo para mulheres que se submeteram ao tratamento por menos de cinco anos têm suas chances de desenvolver câncer aumentadas.

Em qualquer dos casos, o melhor é conversar com seu médico. Ele vai saber a maneira mais adequada para lidar com os sintomas da menopausa no seu caso.

 

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