Amamentação após câncer de mama

Muitas mulheres diagnosticadas com câncer de mama pretendem engravidar e costumam ter dúvidas sobre como será a amamentação depois do tratamento. É possível amamentar normalmente durante e/ou após o tratamento da doença? O tratamento cirúrgico, químio ou radioterápico pode interferir na produção de leite?

 

Os tratamentos radioterápicos interferem na produção de leite e os cirúrgicos também podem, dependendo do caso. Entenda melhor o que acontece em cada situação:

 

Radioterapia – se o tratamento envolver radioterapia, a produção de leite ficará comprometida. Isso porque a irradiação afeta as células responsáveis pela sua produção.

 

Retirada parcial da mama – no caso de retirada de parte da mama, desde que não sejam afetadas as estruturas responsáveis pela produção e transporte do leite, é possível amamentar depois. Entretanto, se o tratamento envolver radioterapia, a produção de leite ficará comprometida.

 

Mastectomia – neste caso, a mama e os ductos mamários são retirados. Então, não é mais possível amamentar, mesmo que a mama seja reconstruída cirurgicamente com qualquer técnica.

 

Mas, se o câncer for em apenas uma das mamas, a outra continuará produzindo leite normalmente. Neste caso, as mulheres podem amamentar normalmente após o tratamento contra o câncer de mama. Em qualquer situação, o melhor é sempre conversar com seu médico.

 

Amamentação pode proteger contra o câncer de mama

Durante a gestação e a amamentação, a mulher produz menos hormônios relacionados ao surgimento do câncer de mama, segundo estudos. Por isso, a amamentação é um dos fatores que protegem a mulher da doença. Mas, também é necessário sempre manter hábitos saudáveis de vida, tais como:

 

  • Boa alimentação;
  • Não fumar;
  • Praticar atividades físicas;
  • Manter-se com o peso adequado;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

 

Gravidez depois do câncer de mama

Uma questão frequente das mulheres que já tiveram câncer de mama é sobre quanto tempo esperar para engravidar. Em alguns casos, as pacientes são liberadas dois anos após o início do tratamento. Em outros, após cinco anos, dependendo do tipo de medicação que ela esteja tomando.

É importante ter em mente que um caso é diferente do outro. Converse com o seu médico para avaliar o que é melhor para você.

 

 

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Referências

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