No dia 7 de julho a cidade de Salvador sediou o Fórum Baiano de Saúde da Mama com a participação de políticos, gestores de saúde pública e privada, médicos, ONGs e representantes da sociedade civil. Na foto, os realizadores do encontro: Inês Carvalho, diretora de relações institucionais do Inst EcoD, Isaac Edington, presidente do Instituto EcoD e Leila Brito, superintendente da Fundação José Silveira.
Realizado pela Fundação José Silveira e pelo Instituto EcoDesenvolvimento o Fórum Baiano de Saúde da Mama teve por objetivo a disseminação de informações, experiências e ações que possam contribuir para melhorar o fluxo de atendimento e tratamento do câncer de mama. Além disso, a ideia foi divulgar também as ações iniciadas com a mobilização da campanha de conscientização nacional, Dia Rosa, para que possam ser incorporadas por municípios do interior do estado da Bahia.
O encontro teve início com a cantora Gilmelândia cantando o Hino Nacional e, na sequência, formou-se a mesa do painel de abertura com a participação da primeira-dama do Estado e presidente das Voluntárias Sociais, Fátima Mendonça, o secretário de Saúde do Estado da Bahia, Jorge Solla, o presidente da Sociedade Mundial de Mastologia, Ezio Novais Dias (na foto), a vereadora e vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Aladilce Souza, o presidente da Frente Parlamentar dos Hospitais Filantrópicos, deputado federal Antonio Brito, o presidente da Fundação José Silveira, Geraldo Leite e a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho.
DETECÇÃO PRECOCE
Segundo a Estimativa 2010 do Inca, o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. A cada ano, cerca de 22% dos casos novos de câncer em mulheres são de mama. Os números são assustadores e é preciso disseminar a importância do diagnóstico precoce e lembrar que quando detectado no início, as chances de cura podem chegar a 95%, conforme dados da Femama.
Ezio Novais Dias, mastologista e presidente da Sociedade Mundial de Mastologia ressaltou que, se não é possível diminuir o número de novos casos, é possível diminuir o número de mortes por câncer de mama. “A situação é lastimável quando vemos os estágios em que um câncer de mama é diagnosticado no Brasil”, disse o mastologista. “Quando vemos os números dos países desenvolvidos – que fazem um trabalho de rastreamento, que conseguem diagnosticar o câncer em fase inicial em 90% dos casos –, nos perguntamos por que não podemos fazer isso aqui”, alertou. “Nós podemos, é possível! Temos no país todos os recursos de tratamento que se tem em qualquer lugar do mundo, tratamos o câncer de mama aqui como se trata em Nova York, em Milão ou em qualquer lugar do mundo e apesar disso, nós curamos muito menos, pacientes morrem muito mais, porque temos diagnósticos feitos em fases muito avançadas”, explicou Novais Dias.
André Mattar, mastologista do Pérola Byington, de São Paulo, reafirmou que a mamografia é o melhor exame para se detectar precocemente o câncer de mama. “Muitas pessoas não sabem da importância da mamografia e acham que porque não sentem nada, não precisam fazer o exame. Mas é importante lembrar que o câncer de mama não dói. O que acaba acontecendo é que quando detectado esse tumor está num estágio muito avançado”, explicou.
Portanto, é fundamental que as mulheres se cuidem, façam seus exames de rotina e não esqueçam a mamografia! Ela pode salvar a sua vida!
Texto: Cássia Fragata – Fotos: Jonatas Caribé